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O que você precisa saber sobre a Síndrome de Burnout

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Nos últimos tempos, ouvimos falar mais frequentemente sobre a Síndrome de Burnout. São diversas as reportagens e notícias divulgadas na mídia relatando, principalmente, casos de afastamento laboral de profissionais de diversas áreas, até mesmo da própria imprensa.

Embora tenha se tornado mais popular recentemente, esta condição, conhecida também como Síndrome do Esgotamento Profissional, é identificada pela medicina há décadas. 

No ano de 1980, foi descrita pelo psicólogo Freudenberger como um “estado de esgotamento físico e mental, cuja causa está intimamente ligada à vida profissional” no livro Burnout: The High Cost of High Achievement. What it is and how to survive it.

Ou seja, a Síndrome de Burnout configura-se como o ponto máximo do estresse profissional. Ela se desenvolve como um processo gradual de desgaste do humor e desmotivação, acompanhados por sintomas físicos e psíquicos que levam a um estado de exaustão, podendo haver distanciamento do trabalho e perda de competências profissionais.

Segundo a Organização Mundial de Saúde, problemas associados à saúde mental no trabalho levam a uma queda de produtividade que provoca, anualmente, a perda de US$ 1 trilhão em todo o mundo.

No paciente, o Burnout caracteriza-se, via de regra, pela exaustão (fadiga crônica, sentimento de cansaço, perda de recursos emocionais), distanciamento do trabalho, redução da eficácia profissional (perda de competências profissionais e produtividade) e tendência a avaliar as realizações passadas e presentes como negativas.

O esgotamento profissional é bastante comum entre os “workaholics” e entre os profissionais com ambientes de trabalho abusivos, com demandas excessivas e exigências exaustivas. É possível ainda que a síndrome também ocorra com pessoas que não possuem repertório comportamental adequado para enfrentar situações adversas.

Isto é, a síndrome é decorrente de fatores como: excessivo e prolongado nível de tensão e estresse no trabalho, que produz fadiga, irritabilidade e sentimento de exaustão; dedicação exagerada à atividade profissional em detrimento de outras esferas de prazer/lazer; do desejo de ser “o melhor” e da necessidade de mostrar sempre um alto grau de desempenho; de problemas de relacionamento com chefes e colegas, assédio moral e falta de cooperação da equipe.

Para o diagnóstico adequado da Síndrome de Burnout, é preciso que o paciente seja encaminhado ao médico especialista.

Assim, é necessário estar atento às condições que a catalisam (acima listadas) e aos sinais de esgotamento, como:

  • Oscilações de humor com períodos de agressividade, impaciência e irritação excessiva.
  • Sintomas de ansiedade, como preocupação excessiva, dificuldade de relaxar, lapsos de memória, dificuldade de concentração, alteração de sono e apetite.
  • Sintomas depressivos, como tristeza, desânimo, pessimismo, baixa autoestima, sentimento de culpa, dificuldade de manter as atividades diárias.
  • Sintomas físicos, como dor de cabeça frequente, cansaço, sudorese, falta de ar, taquicardia, aumento de pressão arterial, dores musculares, alterações gástricas e intestinais (úlceras, diarreia, obstipação) e até alterações na função sexual (diminuição de libido e alteração no ciclo menstrual).

O tratamento da condição geralmente inclui medicamentos e psicoterapia.. Além disso, é de primordial importância a mudança no estilo de vida do paciente, com redução de estressores, no âmbito profissional e pessoal, aumento de reforçadores (busca por atividades prazerosas/divertidas para o paciente), a prática regular de atividade física regular e alimentação saudável e equilibrada.

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