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Afinal, o que é a paralisia do sono?

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Você já experienciou ou ouviu falar de alguém que, enquanto estava acordando, sentiu-se completamente paralisado ao mesmo tempo em que estava consciente?

A sensação é comumente descrita como a imobilização súbita e involuntária dos músculos, sobretudo de braços e pernas, e a incapacidade total de se mover, falar ou pedir por ajuda. Em muitos casos, há relatos de visões, como a presença de algo ou alguém ameaçador no ambiente, as chamadas alucinações hipnopômpicas.

A este fenômeno damos o nome de paralisia do sono. É um sintoma que pode aparecer no período do despertar.

Por falta de informação, algumas pessoas acreditam numa possível “sobrenaturalidade” da paralisia do sono, uma vez que a situação pode ser muito assustadora.

Porém, a medicina do sono a define como uma parassonia.

As parassonias são fenômenos incomuns que ocorrem durante o sono ou no limiar entre o sono e o despertar. Geralmente, apresentam-se altamente incômodas e indesejáveis. Podem ser secundárias a algumas patologias ou ao uso de algumas medicações.

A paralisia do sono, como sabemos, costuma ocorrer no final do sono REM, isto é, no momento de transição entre o sono e o estado de vigília, geralmente ao acordar.

Pacientes que têm paralisia do sono descrevem a situação como angustiante e até desesperadora e, embora seja passageira, parece ser interminável ou impossível de se “escapar” enquanto está acontecendo. 

De uma forma geral, os episódios duram de poucos segundos até cerca de dois minutos.

A revisão sistemática de 30 estudos sobre o assunto, disponível na US National Library of Medicine National – Institutes of Health Search, aponta que aproximadamente 7% da população geral e quase 32% dos pacientes psiquiátricos já experimentaram ao menos um episódio de paralisia do sono ao longo da vida.

Estes dados nos recordam que a paralisia do sono é comumente associada a condições psiquiátricas, como transtornos de ansiedade, depressão, fenômenos de dissociação e estresse pós-traumático. Pode estar associada ainda a outro transtorno do sono chamado narcolepsia.

Até mesmo patologias de outra natureza, a exemplo da hipertensão, podem propiciar episódios de paralisia do sono.

O diagnóstico e posterior tratamento desta parassonia são feitos pelo médico psiquiatra ou neurologista, profissional que apontará as medidas adequadas a cada quadro, investigando, inclusive, outros sintomas no paciente.

Habitualmente os pacientes são orientados a fazer higiene do sono e encaminhados para psicoterapia cognitivo comportamental direcionada para o sono. 

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